No dia 11 de Abril por volta das 13h00, voltamos a marcar encontro na paragem do metro João de Deus, com o intuito de nos deslocarmos até à Baixa do Porto para iniciarmos as entrevistas.
Começamos esta tarde com algumas dificuldades, uma vez que as primeiras intervenções junto da população se revelaram verdadeiramente desanimadoras, pois as pessoas não se mostraram receptivas em colaborar connosco. A actual crise existente no nosso país e a constante abordagem das mais variadas instituições para pedirem dinheiro, levou a que as pessoas interpretassem a nossa acção dessa forma, ainda que explicássemos que o nosso objectivo era precisamente o contrário, pois ainda iríamos oferecer algo.
Porém, sem desistirmos, continuamos e acabamos por encontrar a nossa professora de História, Conceição, que nos deu força e até alguma sorte, uma vez que a partir daí conseguimos obter melhores resultados. A professora para além de nos animar, respondeu à nossa pequena entrevista e ainda recebeu os ovinhos da Páscoa juntamente com uma expressão alusiva ao nosso projecto, para alegrar o seu dia, tal como iríamos fazer com todas as pessoas.
Após esta primeira intervenção junto da professora, a nossa acção tomou um balanço bastante positivo que nos permitiu enriquecer mais a nossa pesquisa. Na verdade, começamos a entrevistar pessoas com grandes diferenças, de género, idade, estatuto social, etc., que nos fizeram perceber a variedade de sonhos, e perspectivas de vida que existem. Como vimos inicialmente, a crise económica actual não afecta apenas a forma como as pessoas encaram estas intervenções, mas também a vontade de elas sonharem, o que resulta numa incapacidade de acreditar na concretização desses mesmos sonhos.
Contudo não nos deparamos apenas com aspectos negativos, uma vez que quando nos deslocamos para o Mercado do Bolhão encontramos pessoas muito mais receptivas e positivas face ao nosso trabalho. Desta forma, conseguimos obter uma diversidade enorme de respostas, desde as mais simples e alegres, às mais tristes e amarguradas.
No fim de todas as entrevistas concluímos que vale sempre a pena, ainda que com algumas dificuldades, sonhar e acreditar que esses mesmos sonhos se podem tornar realidade.
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